7 de maio de 2015

A arte de montar quebra-cabeças

Minha vida estava toda montadinha, as peças se encaixaram e eu tinha até colocado em uma moldura e pendurado o “quebra-cabeça da minha vida” na parede. Apartamento montado, casamento, planos para viagens, trocar de carro, guardar dinheiro, etc., tudo funcionando perfeitamente, tipo uma linha de produção.

Até que um belo dia o quebra-cabeça, que estava montado na parede, caiu no chão e as peças se espalharam todas. Fiquei olhando para as peças no chão, pensando em como aquilo tudo tinha acontecido e como eu iria montá-lo de novo. Arregacei as mangas, chamei o marido e começamos a montá-lo novamente, porém percebemos que tinham peças a mais, ou seja, teríamos que retirar algumas peças para que o quebra-cabeça pudesse ser montado e ficasse tão lindo quanto estava antes, ou mais.

À medida que íamos vendo as “novas peças”, percebemos que a escolha seria difícil. Vimos várias peças bonitas e brilhantes. Ao mesmo tempo, tínhamos que olhar para as peças antigas e escolher quais delas iríamos abrir mão, se quiséssemos as novas. Esta escolha tinha que ser baseada em alguma coisa, mas em que?! Seria pela afinidade? Isso aqui não é BBB pra alegar afinidade quando eliminamos alguma coisa. Poderia ser pela cor? Pelo brilho? Pelo peso?

Resolvemos ver uma foto do quebra-cabeça montado e avaliar como as peças estavam e se queríamos deixar do mesmo jeito, ou se iríamos trocar e colocar peças novas. No momento em que olhamos a foto “da nossa vida”, percebemos que as peças que antes eram as mais brilhantes, coloridas e bonitas já estavam desbotadas, sem brilho e sem contexto. Coincidentemente, as peças que estavam desbotadas tinham o mesmo formato das novas peças que recebemos. Eis que as coisas começaram a ficar mais claras para nós.

Depois de algumas semanas juntando aquelas peças, percebemos que tínhamos mudado boa parte do contexto do nosso quebra-cabeça. Tinham entrado peças novas, saído peças desbotadas e ele ficou tão lindo e renovado. O mais importante para conseguimos remontar “a nossa vida” foi a análise de como ela estava antes e como a gente queria que ela ficasse. Será que a gente queria ficar com aquelas peças desbotadas só por que elas já estavam montadas? A nossa resposta foi não! Preferimos montar do zero e melhorar o que não estava bom.

Agora temos um quebra-cabeça colorido e brilhante de novo, preso na nossa parede. J <3

Não sabemos quantas vezes nosso quebra-cabeça vai cair no chão ao longo da vida, mas se for necessário montaremos ele de novo, de novo e de novo! O importante é jogar fora o que não está bom e colocar coisas novas, que fazem mais sentido! Reavaliar o rumo que a nossa vida está tomando é uma boa maneira de evitar arrependimentos e aproveitar as oportunidades para mudar o que é necessário.




Essa foi só uma história bonitinha para contar que estamos nos mudando pra Brasília e recomeçando nossa vida com um novo contexto, novos objetivos, nova casa, novos amigos! J <3

Acho que terei que mudar o nome do blog para "Uma Carioca Já Paulista e Quase Candanga". Hahaha... E vamos que vamos!