Minha vida estava toda montadinha, as peças se encaixaram e
eu tinha até colocado em uma moldura e pendurado o “quebra-cabeça da minha vida”
na parede. Apartamento montado, casamento, planos para viagens, trocar de
carro, guardar dinheiro, etc., tudo funcionando perfeitamente, tipo uma linha
de produção.
Até que um belo dia o quebra-cabeça, que estava montado na
parede, caiu no chão e as peças se espalharam todas. Fiquei olhando para as
peças no chão, pensando em como aquilo tudo tinha acontecido e como eu iria
montá-lo de novo. Arregacei as mangas, chamei o marido e começamos a montá-lo
novamente, porém percebemos que tinham peças a mais, ou seja, teríamos que retirar
algumas peças para que o quebra-cabeça pudesse ser montado e ficasse tão lindo
quanto estava antes, ou mais.
À medida que íamos vendo as “novas peças”, percebemos que a
escolha seria difícil. Vimos várias peças bonitas e brilhantes. Ao mesmo tempo,
tínhamos que olhar para as peças antigas e escolher quais delas iríamos abrir
mão, se quiséssemos as novas. Esta escolha tinha que ser baseada em alguma
coisa, mas em que?! Seria pela afinidade? Isso aqui não é BBB pra alegar
afinidade quando eliminamos alguma coisa. Poderia ser pela cor? Pelo brilho?
Pelo peso?
Resolvemos ver uma foto do quebra-cabeça montado e avaliar
como as peças estavam e se queríamos deixar do mesmo jeito, ou se iríamos trocar
e colocar peças novas. No momento em que olhamos a foto “da nossa vida”,
percebemos que as peças que antes eram as mais brilhantes, coloridas e bonitas
já estavam desbotadas, sem brilho e sem contexto. Coincidentemente, as peças
que estavam desbotadas tinham o mesmo formato das novas peças que recebemos. Eis
que as coisas começaram a ficar mais claras para nós.
Depois de algumas semanas juntando aquelas peças, percebemos
que tínhamos mudado boa parte do contexto do nosso quebra-cabeça. Tinham
entrado peças novas, saído peças desbotadas e ele ficou tão lindo e renovado. O
mais importante para conseguimos remontar “a nossa vida” foi a análise de como
ela estava antes e como a gente queria que ela ficasse. Será que a gente queria
ficar com aquelas peças desbotadas só por que elas já estavam montadas? A nossa
resposta foi não! Preferimos montar do zero e melhorar o que não estava bom.
Agora temos um quebra-cabeça colorido e brilhante de novo,
preso na nossa parede. J
<3
Não sabemos quantas vezes nosso quebra-cabeça vai cair no
chão ao longo da vida, mas se for necessário montaremos ele de novo, de novo e
de novo! O importante é jogar fora o que não está bom e colocar coisas novas,
que fazem mais sentido! Reavaliar o rumo que a nossa vida está tomando é uma
boa maneira de evitar arrependimentos e aproveitar as oportunidades para mudar
o que é necessário.
Essa foi só uma história bonitinha para contar que estamos
nos mudando pra Brasília e recomeçando nossa vida com um novo contexto, novos
objetivos, nova casa, novos amigos! J
<3
Acho que terei que mudar o nome do blog para "Uma Carioca Já Paulista e Quase Candanga". Hahaha... E vamos que vamos!