3 de dezembro de 2013

O egoísmo da Geração Y

Outro dia eu estava num bar, bebendo uma cervejinha bem gelada e conversando com uma amiga minha. Aquelas conversas despretenciosas, que tendem a acrescentar nada na sua vida, apenas para passar o tempo e dar umas risadas... mas no meio do caminho o assunto tomou um rumo mais sério e acabamos em um “papo cabeça”. Hahahaha...

Começamos a falar sobre emprego, que todo mundo que se formou com a gente está trabalhando, bem, com salários compatíveis. Algumas melhores, outras mais ou menos, mas todo mundo trabalhando e correndo atrás da vida. Aí ela me disse a seguinte coisa:
“Engraçado né amiga, por que nossos amigos estão, em sua maioria, trabalhando em boas empresas, com bons salários, bons cargos, bastante responsabilidades, mas, apesar disso tudo, ainda não tem condições de sair de casa para morar sozinhos.”

Aí eu parei pra pensar... eu saí de casa com 22 anos, pra morar em São Paulo, uma cidade totalmente estranha pra mim. Nunca tinha ido a SP antes de ir morar. Passei muito perrengue, morei em 8 lugares em 1 ano e meio. Pingando de lugar em lugar.

Cheguei a conclusão que o que falta para o jovem hoje não é condições de morar sozinho e sim VONTADE de morar sozinho. As pessoas não querem descer de padrão. Querem sair de casa e manter o mesmo padrão que os pais dão. Querem um apartamento com, no mínimo, 2 quartos, piscina, churrasqueira, bem localizado, com ar condicionado, móveis da moda, geladeira “bam bam bam”, etc. Querem continuar comprando roupa compulsivamente, saindo pra jantar fora toda semana, gastando rios de dinheiro com “balada” e bebida, indo ao salão toda semana, etc.

Já ouvi muita gente falando: “Eu vou casar pra que?! Pra ter que morar “sei lá onde”, num apê pequeno e abrir mão de fazer minhas coisas?! Eu não!” Gente!!! Casar não é upgrade de vida! Casar é uma opção! Isso também vale para morar sozinho!!!

Muita gente acha que sair da casa dos pais é sinônimo que a pessoa está ganhando muito dinheiro e está muito bem de vida. Não é nada disso!!! Sair da casa dos pais é opção e não sinônimo de “statis”! Muita gente sai de casa para fazer faculdade, mora em república ou pensionato, abre mão de baladas, jantares e roupinhas... simplesmente por que precisa estudar!!!

Tem gente que sai de casa para se arriscar em um emprego. Também abre mão de jantares, baladas e roupinhas, mora com mais 2 pessoas em um apê de 2 quartos, divide as prateleiras do armário da cozinha e da geladeira, faz caixinha pra comprar materiais de limpeza e vive super bem! (Essa sou eu! Hahahaha...)

Precisamos lembrar que quando moramos com os nossos pais, tudo o que temos é dos nossos pais e não nosso! Nós vamos ter a oportunidade de construir nossas vidas, conquistar nossas coisas, mas, enquanto estivermos morando com nossos pais, desfrutamos das coisas que ELES conquistaram e nos proporcionam.
Experimentem conversar com eles e perguntar como foi quando eles casaram. Poucos tinham carro, MUITO POUCOS tinham casa própria e muitos ainda estavam na faculdade. Casaram, moraram em kitnetes de aluguel, abriram mão de um dos carros para conseguir pagar as contas, não saíam para jantar ou viajar, escolhiam os produtos mais baratos no mercado, etc. Ao longo do tempo foram crescendo juntos, conquistando as coisas aos poucos, melhorando de vida e, hoje, conseguem nos dar toda a estrutura de vida que temos. Antes disso tudo ser como é, eles já passaram por muitos perrengues. Então por que seria diferente com você?! Por que você tem que casar para fazer “upgrade de vida”, ao invés de casar por que ama a pessoa e quer construir uma vida com ela?! Por que as mulheres esperam um marido que dê a elas a mesma condição de vida que os pais davam?! Alguns homens até se sentem pressionados a  proporcionar a mesma condição de vida que a mulher tinha antes de casar. Acorda gente, isso não existe mais!!! Em um mundo que tanto se luta pela igualdade entre os sexos e vários outros “mimimis”, isso faz sentido?!

Se, por algum motivo (ou opção do casal – alguns casais optam pela mulher cuidar da casa e o homem trabalhar), uma das partes estiver desempregada, sem renda mensal, é necessário entender que os padrões vão cair, as contas vão apertar, mas que tudo vai dar certo. É uma fase, uma transição. Não é possível manter o mesmo padrão que tínham quando os dois estavam trabalhando e contribuindo com a renda do casal. Mas, o que eu tenho visto atualmente, é que as pessoas não querem correr este risco. Ninguém quer (nem pensar na possibilidade de) ter que abrir mão das coisas, de abaixar de padrão, etc, então, neste caso, a decisão mais fácil é não casar! Fica morando com o papai e mamãe que tá melhor, meu amor! Rs.

Os jovens estão cada vez mais mal acostumados e egoístas. Só pensam em si, em suas vontades, suas opiniões, etc, e é por isso que muita gente acha que “não tem condições financeiras de sair de casa”. Todo mundo pode sair de casa, não existe salário mínimo necessário, existe, sim, prioridades e vontade.

Não tenho paciência para aquelas pessoas que vivem reclamando do relacionamento com os pais, que não aguentam mais, que isso e que aquilo... tudo com 25+ anos na cara, reclamando do papai e da mamãe... SAI DE CASA! Vá em busca da sua vida, suas coisas... dê o seu grito de independência! Mas saiba que para isso é preciso coragem! Será necessário abrir mão de certas coisas, priorizar as outras, deixar de comer camarão VG, jantar macarrão com carne moída, etc.


Enfim... fiquei pensando nisso e essa é a minha opinião sobre o assunto!


As pessoas precisam entender que é 100% normal as pessoas saírem de casa (ou casarem) para construir a própria vida. Ficar vivendo a vida do papai e da mamãe pro resto da vida não é saudável. Precisamos descobrir nossas vontades, o que é importante para nós, o que funciona na nossa rotina, o que é dispensável, etc, e, para isso, é preciso dar o grito de independência, seja ele sozinho ou acompanhado! J

Problema dos dois lados

Hoje eu estava vindo pro trabalho e escutei no rádio, mais uma vez, o pessoal reclamando do transporte público.
"Que o governo não investe, que o governo não muda, que o governo não faz e acontece..."

Semana passada eu fiquei em casa, por que estava com problema na coluna, então pude ter alguns bons diálogos com a menina que trabalha lá em casa. O nome dela é Francisca e ela já trabalha pra minha mãe há 11 anos. Tem 3 filhos, 1 neto, casa própria, é alfabetizada, os filhos também... tudo certo!
Dei esse "brief" sobre ela só para vocês entenderem o contexto da conversa.. rs.

Estávamos almoçando um dia quando começou esse mesmo "mimimi" de transporte público no rádio. Os apresentadores reclamando do governo/prefeitura, falando mal do investimento, criticando as escolhas e etc, aí, tivemos o seguinte diálogo:

Francisca: Isso é uma palhaçada! Acho muito fácil o pessoal ficar reclamando que a prefeitura não faz nada, mas quando eles fazem esses "filhos da puta" destroem tudo! O BRT é maravilhoso, novinho, com ar condicionado, tudo funcionando, tudo lindo, mas vem esses vândalos e quebram tudo! Aí é muito fácil só culpar os outros pelo problema no transporte.
Eu: Como assim Francisca? O BRT já tá todo quebrado?
Francisca: Já Gabi! O pessoal é muito mal educado! Eles quebram até aquele "botãozinho" de saída do ar condicionado. O que eles vão fazer com aquilo??? Nada! É só pelo prazer de quebrar. Ninguém tem paciência com o motorista, se ele pára e não abre a porta 1 segundo depois, o pessoal já começa a chutar a porta, abrir com força, tentar quebrar o vidro... aí os carros ficam aí, todos quebrados, tudo capenga e os caras das rádios, do jornal e da TV ficam reclamando que é culpa da prefeitura que não investe, mas quando eles investem esses filhos da puta quebram tudo!!! Fico muuuito indignada com isso!
O BRT foi um super adianto na vida de todo mundo, inclusive na deles, pq eles tem que quebrar? Não podem só aproveitar o conforto e achar bom? Que saco!

Fiquei pensando naquele discurso dela e cheguei a conclusão que ela está certa. O povo brasileiro é muito mal educado mesmo. Querem ter um "país de primeiro mundo", mas tem educação de "quinto mundo".
Sei que o problema da educação é outra história, envolve milhões de outras coisas/aspectos, mas não podemos tratar as coisas 100% separadas. Uma influencia na outra.

Quando eu me mudei pra São Paulo fiquei impressionada com a diferença na educação. Coisas simples fazem MUITA diferença. Um bom exemplo é o uso da escada rolante em SP e no RJ. Em SP é automático o pessoal subir no degrau e ficar à direita, deixando a esquerda livre para as pessoas que estão com pressa. Mesmo quando estamos em casal ou com amigos cada um fica em um degrau, deixando a esquerda livre. No RJ, o pessoal fica no meio do degrau e se você pede licença o pessoal te xinga. Oque que custa dar passagem para as pessoas??? Acho que por SP ter mais gente, mais movimento e o pessoal ter mais pressa, as pessoas aprenderam melhor a conviver em grupo. Claro que ainda está longe de ser bom, mas alguns pequenos gestos já mostram que a coisa está mudando.

Eu concordo que o transporte no RJ tem que melhorar muito. O Metrô é ridículo, existem poucas faixas de ônibus, os taxis selecionam para onde vão e não vão, etc, principalmente quando falamos de Barra da Tijuca/Recreio. Estamos com esperança do Metrô chegar lá e dar certo! Rs.

O meu ponto aqui é que não podemos só responsabilizar os outros pelos problemas da nossa cidade (ou nosso país). Temos que nos incluir nessa lista de "culpados" pelo fracasso de alguma coisa, pois a partir do momento que nós quebramos os ônibus, quebramos os trens e etc, estamos contribuindo para a piora do que já está ruim.
Infelizmente não podemos "dar nome aos bois", pois somos chamados de " população", "povo", "eleitores", etc... somos um grupo só e se 1 pessoa quebra a janela, quem quebrou foi a população e não o João.

Sinto falta de uns programas de conscientização! Aconteceu com a Lei Seca e deu certo, por que não daria com outras iniciativas? Conservação dos ônibus, não pichação das coisas, etc?! Não vai resolver de uma hora pra outra, mas seria plantar uma sementinha pra, um dia, colher uma plantação.


ATENÇÃO! Não estou aqui defendendo A, B ou C, só lembrando que nós também podemos contribuir para a melhora da nossa cidade!!! :-)

25 de novembro de 2013

A saga do Vestido de Noiva

Essa história de vestido de noiva é engraçada! Parece que existe uma "magia" e "máfia" por trás dos vestidos de noiva... parece não, existe!

Estou há alguns meses procurando o vestido de noiva ideal, pensando em modelos, decotes, saias, tecidos, rendas, preços e etc... experimentei milhões de modelos, fui a váááárias lojas (entre RJ e SP), vi vestidos de diferentes preços e qualidades.

Não conseguia me decidir por nada, pra mim, cada vestido era só "um vestido de noiva". Me olhava no espelho, dava aquele frio na barriga, mas o coração não batia mais forte. Era apenas mais um vestido de noiva.

Gastei horas, dias, noites, finais de semana, fuçando sites da China, EUA, Europa, etc. Peguei a blusa de um, com a saia de outro, com o decote nas costas de outro, com o bordado de outro... montei "o vestido ideal". Pronto!!! Agora vamos arrumar a costureira e mandar fazer.
Aí eu deitava a cabeça no travesseiro e ficava pensando: "Mas será que é esse vestido mesmo?! Eu gostei dele tanto assim?! E se a mulher não acertar fazer o vestido do jeito que eu quero?!"
Realmente já tive PÉSSIMAS experiências em mandar faze vestido... imagina de noiva?!

Noites pensando, pensando, fuçando sites, pensando, pensando, fuçando sites...

Fui na "Rua das Noivas" em SP, com a minha mãe e minha irmã. Achava que ali eu acharia a maior variedade de vestidos de noiva do planeta. De fato, tem muuuitas opções, mas todos eles parecem iguais. Rs.
Lá pela quinta loja de vestidos que entramos, fomos encaminhadas para o segundo andar. Chegamos a um salão bem grande, com uma parede cheia de espelhos e várias mesas de atendimento em volta no salão, deixando o centro vazio, com um provador atrás de cada mesinha. Estávamos sentadas em um sofá, esperando um atendente para nós, quando, de repente, as luzes se apagam, acendem umas luzes amareladas (em tom de "fim de tarde"), começa uma marcha nupcial muuuitoo alta e abre-se a porta de um dos provadores. Lá de dentro sai uma noiva, toda montada (vestido + penteado + maquiagem + grinalda + véu). [Pausa na respiração] Todos os atendentes começam a aplaudir, a noiva se emociona, faz que sim com a cabeça e continua seu desfile pelo salão inteiro, à luz de "fim de tarde" e ao som da marcha nupcial.
Minha irmã enfiou a cabeça atrás de mim e da minha mãe e não conseguia parar de rir. Nesse momento, olhei pra cara da minha mãe e pensei: "Mãe, não tem a menor chance de eu ficar desfilando de noiva pelo meio do salão da loja. Vamos embora, por favor?!?!".

Minha mãe me convenceu ficar lá e esperar pra ver os modelos... fomos muito bem atendidas, mas infelizmente não tinha nenhum modelo que me agradou. E aconteceu mais ou menos assim:
Eu: "Moço, quero um vestido super simples, sem renda, sem bordado e que não seja tomara-que-caia. Só no tecido mesmo."
Ele: "Ah bebê (sim, ele me chamava de bebê)! Eu tenho o vestido perfeito pra você."
Abriu o catálogo e me mostrou um vestido INTEIRO bordado de cristais swarovski. Hahaha.. Como ele acertou?! Gente, era tudo que eu queria!!! #SÓQUENÃO
Aí, não satisfeito, ele me mostra um outro vestido "escândalo" (segundo ele), tomara-que-caia e a blusa TODA aplicada de PENAS brancas. Não, você não leu errado... eram PENAS mesmo!!!
Enfim, depois daquela eu perdi as esperanças e minha mãe finalmente entendeu que era a hora de ir embora. Rs.

Esse foi só um dos episódios de uma saga em busca de um vestido de noiva... mas agora vamos ao capítulo final!!!


Nesse final de semana, entre um Tramal e outro (sim, crise de coluna aguda e de chorar) fui em uma loja em SP... era pra ser "só mais uma loja de noiva". Já sabia que os vestidos lá eram muito caros, mas eu queria ver só os modelos, pra ver se eu tinha algum "insight" milagroso.

Entrei na loja, a mulher me deixou 30min esperando, sentada toda torta na cadeira, depois me levou até o provador e disse que levaria todos os vestidos que ela tinha, de acordo com a descrição que eu dei. A mulher trouxe TODOS os 2 vestidos que ela tinha. Me deu vontade de rir. "Moça, como assim só tem esses dois?! Será que eu to sendo muito exigente? Só pq eu não quero tomara-que-caia e não quero sereia?!"
Ela riu e fez que sim com a cabeça.
Nesse momento eu percebi que a problemática era eu e não os vestidos! Se eu escolhesse, tomara-que-caia, renda e sereia eu teria um ZILHÃO de propostas e opções. Hora de mudar de ideia?! NÃO!!!
Eu sou chata e sei que vou achar o vestido perfeito, do jeito que eu quero!!!

Só sei que eu experimentei o primeiro, torci o nariz, tirei logo. Olhei o segundo no cabide, torci o nariz, respirei fundo e falei: "Ah, então tá, eu volto aí depois pra ver se chegou mais modelos." Aí a moça disse: "Nossa, você tá cansada mesmo de procurar né?! Pera que eu vou ver de novo lá no estoque... vai que eu pulei algum que pode te interessar."

Fiquei ali mais uns 20min sentada no provador, de calcinha e soutien, me sentindo no filme "À espera de um milagre".

Ela voltou esbaforida e com um vestido no cabide, dizendo assim: "Achei um lindo! Você vai amar! Se você não gostar desse, realmente eu não posso mais te ajudar."

Vamos lá né?! Não custa nada tentar... eu já estava prestes a comemorar a centésima prova de vestido de noiva! Êêêêê... se comemoram gol, pq eu não posso comemorar prova de vestido de noiva?

Vesti o vestido!!!

[PAUSA]


[OLHA NO ESPELHO]


[OLHA DE NOVO]


[OLHA DE NOVO PRA VER SE É VERDADE]


Desceu uma lágrima do olho e o coração disparou!

Era, sem dúvidas, o meu vestido!! O vestido que eu estava procurando e não tinha achado em lugar nenhum!!!
Ele não tinha nada de especial, não era cheio de detalhes, não tinha mil bordados, não fazia café nem me deixava mais magra... mas ele é simplesmente MARAVILHOSO!

Enfim, respirei fundo, dei um sorriso e pensei: "Acabou! Não quero ver mais nenhum!"

Perguntei o preço, caí pra trás, chorei no carro, maaaaaasss pensei: "Achei o vestido! Vou casar com esse nem que eu tenha que vender a minha alma!"

É engraçado como essas "magias" acontecem!
Eu já tinha experimentado diversos modelos, já tinha até idealizado o "meu vestido perfeito", já tinha arranjado a costureira, mas nenhuma dessas opções fez o meu coração parar como esse vestido!


[Fim da saga Vestido de Noiva]

Aplausos!!!!


22 de outubro de 2013

730 dias e uma vida pela frente

Hoje faz 2 anos, 730 dias.

2 anos que assumimos o namoro (que já estava rolando há alguns meses, mas não assumíamos) e começamos a construir um relacionamento baseado no respeito, cumplicidade e companheirismo.

Lembro até hoje do dia que "resolvemos" assumir o namoro. Há alguns meses as pessoas já perguntavam pra gente: "Gabi, cadê seu namorado?" e a resposta era sempre a mesma "Ele não é meu namorado!". Todos riam irônicos e eu ficava P* da vida. Rs. Acontecia a mesma coisa com ele: "Rica, cadê sua namorada?" e ele respondia: "Ela não é minha namorada!". Afinal, não queríamos namorar, estava ótimo daquele jeito.

Nos víamos todos os dias, nos falávamos durante o dia todo (viva o SMS e, depois, o whatsapp), os finais de semana já eram planejados juntos, já falávamos em "viagem com amigos"... e por aí vai. Quando isso acontece com uma amiga nossa amiga, a gente alerta: "Amiga, isso é namoro, vocês que não querem assumir", mas quando acontece com a gente, achamos que "Está tudo sob controle. Não estamos namorando".

Só sei que nesse dia (22/10/2011), estávamos terminando de se arrumar para ir ao aniversário de uma amiga e conversando sobre essa história de "cadê seu(a) namorado(a)". Um certo momento olhamos um pra cara do outro, ficamos nos encarando por alguns segundos até que um falou: "É, acho que já tá ridículo. Acho que nós já estamos namorando e não queremos assumir.", então o outro falou: "É. Vamos assumir então?!". A gente riu durante um tempo, nos abraçamos e falamos, quase juntos, "Estamos namorando então!".  Foi engraçado, mas fofo! :-) <3

Chegamos no aniversário, como se nada tivesse acontecido (pq realmente não tinha mudado nada, apenas nosso "status" social de "namorados" para "namorados assumidos", rs). Até que teve uma hora que um amigo me perguntou, no meio de todos os outros: "Gabi, cadê seu namorado?", aí eu respondi: "Foi ao banheiro e depois vai pegar bebida!". Todos do grupo "ficaram estátua", olharam pra minha cara e falaram em coro: "ELE É SEU NAMORADO AGORA?", aí eu balancei a cabeça como se diz SIM e todos começaram a gritar: "Finalmeeeeeeente! Assumiram! Aeeeee! Parabéééns! Tá namoran-do, tá namoran-do...". HAHAHAHAHA... cada um tem os amigos que merece, não é?! :-)
Quando o Ricardo voltou do banheiro todo mundo já estava falando que a gente estava namorando e ele só olhou pra minha cara, como quem diz: "Você não segura a língua na boca, né?!" e eu ri e levantei os braços como quem diz: "Não tenho culpa de nada. Não fui eu!".

Desde então nosso namoro foi assim, com muito bom humor, conversas, companheirismo e, principalmente, respeito. 

Eu com meu jeito desesperado e imediatista e o Ricardo com o jeito calmo e realista. Somos dois teimosos e as opiniões diferentes sempre acabam em "É... tá! Não vamos chegar a um consenso. Mas vamos escolher preto ou branco?". Apesar das opiniões diferentes, é raro a gente brigar ou se desentender, sempre optamos pelo diálogo pra tentar resolver as coisas.

Eu fui passar 2 meses na Índia e ele foi me visitar, foi sensacional. Planejamos conhecer algumas coisas em Bangalore, cidade que eu estava, e também passar 1 final de semana no norte para conhecer Nova Deli e o Taj Mahal.
No sábado, chegamos em Agra (cidade do Taj Mahal) de madrugada, umas 3:30am, e eu estava morta. Precisava URGENTE de um banho e cama. Foi assim que aconteceu... chegamos no hotel, tomamos um banho beeem demorado cada um e depois deitamos para dormir poucas horas, pois queríamos pegar o nascer do sol no Taj Mahal.

Quando era por volta das 6am o Ricardo me sacudiu "Vamos coisa! Já tá na hora!", quando olhei ele estava de banho tomado, roupa trocada, dente escovado, cabelo penteado, resumindo... 100% pronto pra sair. Eu achei aquilo MUITO estranho e pensei "Nossa, que disposição é essa?! Eu to morta com farofa e ele já está prontinho". Não tive muita escolha, enquanto eu não levantei, ele não sossegou.
Tomei um banho rápido, troquei de roupa e lá fomos nós pro Taj. Pegamos um guia pra explicar "tim tim por tim tim" daquele lugar. Passamos umas 2h com o guia e quando já estávamos prontos pra ir embora, o Ricardo falou que queria ficar mais um pouco, sentar em um banco e descansar, mas sem o guia. Achei uma boa ideia, então dispensamos o guia e fomos sentar.

Eu ainda estava impressionada com o monumento, ficava tirando mil fotos, pedindo pra ele sair na foto, pedindo pra tirar foto minha, foto de nós dois, só da construção, da plantinha, do poste, da árvore... até que o Ricardo se irritou, pegou meu braço e falou: "Será que dá pra gente sentar alí, por favor?!". Engoli seco e fomos sentar no banquinho, de frente pro Taj.
Ele começou com uns papos estranhos, resumindo nosso relacionamento, falando coisas "sentimentais" e eu sem entender o que estava acontecendo. Nessa hora, no ápice da declaração, fomos interrompidos por um guia que pediu para tirarmos uma foto com uma família que estava por lá (era muito comum que o indianos pedissem para tirar foto conosco), então tiramos fotos com eles. Depois o Ricardo sentou de frente pro Taj Mahal e continuou falando, pra mim, um monte de coisas que eu ainda não estava entendendo.
Só sei que alguns minutos depois ele tirou uma caixinha de dentro do bolso, abriu a caixinha e nela tinha um anel, LINDO! Ele, revezando com alguns suspiros, me falou: "Fica comigo para o resto da vida?!".
Eu não acreditei no que estava acontecendo... peguei a caixinha, virei de costas pra ele (não sei pq, mas foi a reação do momento) e comecei a chorar MUITO. Chorava eu, chorava ele, soluçava eu, soluçava ele. Alguns minutos depois eu consegui virar de frente, olhar no olho dele e responder a pergunta: "Fico! Pra sempre!".
Um guia que estava por perto percebeu todo o clima e se ofereceu para tirar uma foto do casal. <3 A única foto que temos juntos do momento tão especial.



Jamais imaginei/esperei que ele faria isso! Saí de lá meio boba, sem entender direito o que tinha acontecido, mas com a certeza que tinha sido o momento mais lindo e feliz da minha vida!

E assim começou uma nova fase na nossa vida: o pré-casamento! :-)

Nos conhecemos "por acaso", não queríamos nos envolver, demoramos a assumir o namoro e agora vamos casar. Tudo tão rápido, mas tão sincero. 
Destino é destino, não adianta correr!!!


TE AMO, COISA!


21 de outubro de 2013

Festa de Casamento = Árvore de dinheiro

Quando as pessoas decidem fazer uma festa de casamento, não sabem onde estão se metendo! Rs. Digo decidir fazer festa, pq isso nada tem a ver com casar. Pode-se casar sem fazer festa.

O mercado de casamento é um absurdo e ele consegue te contagiar a ponto de achar barato coisas que são absurdamente caras. To passando por isso agora.
Eu e minha mãe tínhamos traçado um orçamento para gastar, com o pensamento:  “Ah vai, com essa grana dá pra fazer uma festa ótima. Sem luxo, sem frescura, mas com comida boa, música boa e animação (o que não falta na minha família e amigos).”

Primeiro foi a saga de conseguir fechar um lugar, sendo igreja e salão. Optamos por alugar só um salão e fechar todo o resto separadamente, pois os lugares que fecham esses “pacotes” cobram os olhos da cara e, tenho certeza, que superfaturam as coisas. Sabíamos que daria muito mais trabalho fechar tudo separadamente, mas poderíamos fazer a festa do jeito que queremos e gastaríamos menos do que pacote fechado (que estava completamente fora do orçamento que estávamos dispostas a pagar).

Começamos a saga de cerimonialista, decoradora, buffet, convite, segurança, faxineira, dj, vestido, véu, grinalda, sapato, damas, pajens, padrinhos, madrinhas e zas e zas e zas... Hoje, 5 meses depois que comecei a ver tudo isso, não consegui fechar nada ainda. Hahahahaha... Faltam 6 meses pro meu casamento e ainda não fechei decoradora, cerimonial, buffet, DJ e todo o resto. Mas tudo bem, não adianta se desesperar!

O que eu fico impressionada são os preços das coisas. Você liga pra um maquiador e tem o seguinte diálogo:
- Moço, vou ser madrinha de um casamento e quero fazer cabelo e maquiagem.
- Ah! Que legal. Para madrinhas o preço é R$300, cabelo e maquiagem.

Aí você desliga o telefone e liga de novo:
- Moço, vou casar e gostaria de saber preço para fazer cabelo e maquiagem.
- Ah! Para as noivas o preço é R$1.800, cabelo e maquiagem.

CATAPLOFT! Caí da cadeira!

Mas é muita cara de pau, né?! E isso acontece com TUDO. DJ para um aniversário de 50 anos é X, para casamento é 2X. Decoração para batizado é X, para casamento é 2X... e por aí vai. Tenho vontade de falar que é para a minha festa de 25 anos e chegar na hora e falar: “Ráááá.. pegadinha do malandro! Ié ié ié... É meu casamento!”. Tenho certeza que saíria tão bonito/bom quanto e bem mais barato do que falar que é para casamento! #revoltada
Na cabeça dos fornecedores a equação é: Noiva = Rica. Quando eles ouvem a palavra casamento, tudo fica com mais “zeros” no final.

Enfim, decidimos fazer festa por que queremos muito que as pessoas que gostamos estejam conosco neste momento tão especial e para isso, to tentando, ao máximo, contornar os orçamentos superfaturados e fazer uma festa com a nossa cara, com um preço justo e recheada de família, amigos e animação. J Existem coisas que não tem jeito, vamos ter que nos render aos zeros, mas outras coisas estamos conseguindo fazer do nosso jeitinho e com um preço justo.

Cada detalhe está sendo pensado com muuuuuuiito cuidado e carinho e, tenho certeza, que no final tudo isso vai valer a pena. Cada discussão sobre orçamento, cada risada, cada coisa que nós optamos por fazer em casa ao invés de pagar pros outros fazerem, cada doce escolhido à dedo, o detalhe do convite, a cor da gravata dos padrinhos, o objeto que os pajens e damas vão carregar, etc. São muitos detalhes que não podemos deixar de fora.

Bom, então é isso... vim só fazer um desabafo rápido! Rs.


Fuuuiiiiiiii... pesquisar vestido de noiva! Rs.

5 de setembro de 2013

Dia do Irmão

Irmão é uma coisa engraçada. Um estranho que você ama mesmo antes de você nascer.

Aquele que vai roubar seus brinquedos, bagunçar seu quarto, comer seu Danoninho, implicar até você se irritar, brigar com você, falar que você é adotado, zuar quando você ficar de castigo, rir quando você tirar nota baixa e ele não... Mas também é aquele que vai te defender com unhas e dentes, te ajudar com qualquer coisa que você precisar, rir com você, enxugar suas lágrimas, comemorar suas conquistas, guardar seus segredos, brincar de coisas idiotas, fazer merda e esconder dos pais, dividir o chocolate, deixar você comer a última batata frita e te amar até o final.

O meu irmão mais velho (2,5 anos de diferença) sempre foi “o mais chato”. Sempre brigamos muito, eu implicava com ele e depois corria em volta da mesa de jantar pra não levar uma surra. Quando ele conseguia me pegar era um “Deus nos acuda”. Xinga daqui, grita dali, soco, tapa, mordida, chutes no ar... até chegar alguém e colocar os dois de castigo. Depois de 10 minutos de castigo já estávamos nos comunicando através das paredes do quarto, combinando de brincar disso ou daquilo ou, até, de fingir que já estávamos amigos só pra sair do castigo. Até na hora de continuarmos “inimigos” nós éramos amigos.
Ele já me entregou sobre uma festa escondida da minha mãe, eu já entreguei segredos dele também. Já rimos com a “desgraça” um do outro, mas como, realmente, seria a nossa vida sem um ao outro? Não consigo imaginar.

Depois de velho percebemos que os nossos irmãos são diferentes daquele que eram quando crianças. Eles já não implicam, não riem da sua desgraça, não revelam seus segredos, não pedem pra você esquecer que eles existem. Depois de velho os irmãos se tornam, de fato, nossos melhores amigos. Aqueles com que poderemos contar PRA SEMPRE e PRA TUDO. Comigo não foi diferente.

Com a pirralha (17 anos mais nova) já foi diferente. Eu estava fazendo intercâmbio quando minha mãe ligou e contou que estava grávida. Naquele momento eu já comecei a amar um “ser” que nem existia direito. 
Quando voltei de viagem meu quarto tinha um trocador, um berço, um “mini-armário” e alguns brinquedinhos. Nossa! Acho que 11 meses foi o bastante pra tudo mudar nessa casa. Mas o melhor estava por vir... Minha mãe não foi me buscar no aeroporto, pois estava recém operada. Quando cheguei em casa, fui direto procurar por ela e a encontrei sentada em uma cadeira de balanço dando de mamar a uma criança, minha irmã. Foi uma sensação inexplicável e que jamais vou esquecer. Viajei como a caçulinha e voltei como a “irmã do meio”. Que evolução!

Essa criança, hoje em dia, é a mascote da família, a mini-pessoa mais amada da casa. Por mais que ela seja 17 anos mais nova que eu, não posso deixar de implicar, dar susto, brigar, discutir, dizer que ela é adotada, comer o último Danoninho, beber a água que ela acabou de colocar no copo, etc... faz parte! Ela nunca vai ter um irmão da mesma idade dela, então os mais velhos (muuuuito mais velhos) precisam fazer esse papel. Rs. Mas confesso que eu cuido e amo muito mais do que implico. Implicar é só hobbie. Rs.

Ela é tão diferente de todos nós da casa. Somos muito “frios” uns com os outros e ela é uma manteiga derretida. Não temos o costume de falar “Eu te amo”, já ela grita isso aos 4 ventos, sempre que pode e pra quem ela realmente ama. Não economiza os apelidos, não dorme sem dar um beijo e um abraço de boa noite em todo mundo e, aos finais de semana, também nos acorda com um beijo e abraço de bom dia. Se deixar, passa o dia inteiro na cama “de chamego”, pede pra você buscar sorvete a cada 5 minutos e não pára com o “Biba, olha o que eu sei fazer!”, apresentando mais uma “marmota” inventada.

Tenho dois irmãos completamente diferentes, mas amo eles da mesma forma: incondicionalmente!

<3


26 de agosto de 2013

Tirando a teia de aranha...

Esse blog tá um fracasso, coitado! Rs.

Minha vida em SP era mais "agitada" e "emocionante". Morando no RJ é tudo mais corrido e engarrafado, mas de "legal" mesmo, não tem muita coisa! Rs.

Essa vida de morar na Barra, trabalhar em Botafogo, dormir algumas noites em Ipanema (casa do meu pai) é um tanto quanto confuso. Rotina pra quê, né?! Quando eu vou pra Barra, não tenho tempo de fazer nada, chego em casa morta (depois de 2h de trânsito). Quando eu vou pra Ipanema, tenho tempo sobrando, não tem mais o que inventar fazer. Hahahaha... é bem isso!
Semana passada eu comecei a fazer Muay Thai pra ver se passa o tempo e o meu estresse diário. Dar umas "porradinhas" vai me fazer bem!!! :-)

Estou morando no RJ, tenho sotaque carioca e um celular com DDD 011. Ninguém entende. Aliás, é um inferno ligar pra marcar consulta médica, pedir pizza, marcar unha, qualquer coisa do gênero. Os cariocas ainda não foram apresentados ao famoso NONO DÍGITO. Então eu fico igual uma retardada tentando "soletrar" o número do celular e a pessoa não entende. "Mas senhora, tem 1 número a mais." - Aaaahh que preguiça! Pra resolver o problema eu dou o celular da minha mãe! Hahahaha... Nem sei se ela sabe disso, mas já deve ter recebido umas ligações pra confirmar consulta ou depilação. Rs.

A pergunta que eu mais tenho ouvido nos últimos tempos é:
"Que fofo, vocês vão casar! Mas compraram um apartamento em São Paulo?! Por que?! Por que vocês vão morar em São Paulo?!"
Hahahaha... Ééé gente, não tem muita explicação. Eu gosto de lá, foi lá que tudo começou e é lá que vamos "começar a vida". Pronto!

Minha alocação no RJ era pra ser até Setembro, já foi postergada para Fevereiro... e assim, mais uma vez, a vida vai mudando a cada dia. O slogan da minha vida deveria ser igual ao da Band News: "Em 20 minutos, tudo pode mudar."
Eu já tive mais estômago pra isso, mas hoje em dia tem que rolar uma meditação, chope com as amigas com direito à "mi mi mi" e aluguel do ouvido do namorado. Acho que to ficando velha! Rs.

Junto com todas essas mudanças, vem um sentimentalismo fora do normal. Fico sensível. Choro por tudo e tenho raiva de coisas bizarras.
CALMA GABRIELLA! Foi só uma mudança de cidade, mudança de projeto e decisão de casar ao mesmo tempo! Não tem motivo pra tudo isso.

A pessoa não sabe o que quer mesmo, né?! Quando tá tudo normal, é por que tá tudo chato e igual, se muda tudo, é por que é muita mudança ao mesmo tempo. Qual é, mermão?! Tu não é chata não, né?! Rs.


Sim! Sou chata, mas sou feliz!

23 de julho de 2013

Coisas do dia a dia...

Esse blog tá meio abandonado, né?!
Pois é... minha vida não tem andado muuuuuuuiito interessante pra virar post de blog, mas ontem me aconteceu uma situação engraçada que acho digno retratá-la aqui!

Essa vida de ponte aérea todo final de semana não é fácil, acabamos presenciando umas coisas que até Deus duvida.
Rotina de aeroporto, especificamente ponte aérea, é um tanto quanto engraçada e acabamos adquirindo uns "know-hows" interessantes!
Por exemplo, chegar 1h antes do voo pra que?! Eles sempre colocam o embarque 40 min antes do horário de decolagem mas NUNCA embarcam no horário... se tivermos sorte embarcamos 25 min antes, então, já temos mais 15 min pra dormir! Rs.
Despachar bagagem? Só quando o atendente te pegar no flagra ou quando você estiver realmente com uma mala muito grande, de resto... vai no check-in online e seja feliz!!! :-)
Ouvir as instruções de emergência só quando estamos acordados ainda, ou seja, quase nunca! Tudo se resume a entrar no avião, colocar a mala no "compartimento de bagagens acima do seu assento", sentar, "atar" o cinto e ZZzZzzzzZzzzZZzzZZzzzzZ..................."Senhores comissários, pouso autorizado".
A não ser quando o avião começa a sacudir mais do que você sacode um Toddynho antes de beber, aí o estômago dá um nó.

Essa semana foi especialmente engraçado (e trágico ao mesmo tempo) pegar o voo CGH-SDU na segunda-feira de manhã.
Como a Avianca não tem um App que presta, não fiz o check-in "online" (pq não teria como imprimir o cartão de embarque). Cheguei no aeroporto 40 min antes do voo e já tinha uma "confusãozinha" formada na fila do check-in da cia aérea. Tentei entender oque estava acontecendo, mas ninguém sabia explicar, a única coisa que os atendentes da cia falavam era: "Senhora, precisamos que você aguarde nessa fila. Estamos acomodando vocês em outros vôos." Aí começava a palhaçada:
Eu: "Mas o que está acontecendo? O voo foi cancelado?"
Avianca: "Não senhora, só estamos realocando."
Eu: "Mas por que?!"
Avianca: "Será que a senhora pode aguardar um minutinho, por favor?!"
Eu: "Posso aguardar o tempo que for, mas vocês precisam dizer o que está acontecendo."
Avianca: "Já volto senhora."
PUFT!!! Chá de sumiço!
Enfim, como não adianta gritar, xingar, chorar... fiquei na fila "aguardando no local".

Certa hora chegou a minha vez e fui informada que eu seria acomodada em um voo da Gol, às 9;10h da manhã (meu voo da Avianca era 8:20h). Tudo bem, sem problemas... quer dizer, QUASE sem problemas, pq eu não tinha tomado café contando com o lanchinho que a Avianca serve e voando com a Gol eu iria receber o delicioso amendoim com coca-cola, ou seja, não iria comer nada disso às 9:30h da manhã e ia chegar no RJ verde de fome. Rs. Maaaas ok. Sublima!

Depois de ficar 20min na fila da Avianca, ser informada que seria alocada em um voo da Gol, fui encaminhada para uma outra fila, pra fazer o check-in da Gol. Fiquei em pé uns 45min nessa tal fila e NADA aconteceu. Éramos umas 30 pessoas em pé, aguardando o check-in da Gol.
As pessoas começaram a ficar furiosas, gritando com os atendentes da Avianca e eles não davam a menor satisfação do que estava acontecendo e o motivo que estávamos esperando TANTO naquela fila.
Até que eu consegui falar com um amigo meu que estava no mesmo voo da Avianca que eu (de 8:20h) e o seguinte diálogo aconteceu:
Eu: "Onde vc tá? Vai em qual voo?"
Ele: "Ué, eu to no dentro do avião esperando terminar o embarque para decolar."
Eu: "No voo de 8:20h da Avianca???"
Ele: "Aham, mas tá uma confusão dentro desse avião. Parece que cancelaram o voo de 7:28h e acomodaram as pessoas desse voo no de 8:20h, aí tá uma confusão."

Nessa hora eu fiquei MUUUUIIITOOOO P* DA VIDA! Como assim eles estão nos prejudicando por causa de um voo que foi cancelado e o pessoal acomodado no NOSSO voo?!
Aí sim começou o quebra-quebra no check-in da Avianca. Todo mundo gritando com a cia aérea e tentando entender o pq aquilo tinha acontecido. E os atendentes (coitados, sei que não é culpa deles, mas alguém tem que ouvir) pareciam atendentes de call center: "Senhores, estamos tentando ao máximo minimizar o atraso do voo de voces.", "Senhores, o regulamento da Anac nos obriga a acomodar os passageiros de um voo cancelado no próximo voo disponível da cia.", "Senhores, estamos fazendo de tudo para diminuir a espera de vocês.".... quanto mais os carinhas falavam, mais o pessoal da fila gritava.

Só sei que no meio dessa confusão toda, enquanto uns gritavam, os outros repetiam igual papagaio, uns ligavam pra não sei quem, outros simplesmente coçavam a cabeça sem parar... tinham alguns (muitos) grupos da JMJ ali perto e um deles estava batendo palma, cantando, rezando, batendo palma, cantando, rezando... só sei que me deu crise de riso!
Aquela cena tava MUUUUITOO engraçada. Uma guerra civil no balcão da Avianca e, do lado da confusão, um grupo da JMJ cantando e batendo palminhas, felizes e contentes.

Resumo da novela mexicana:
Fomos alocados em um voo da Avianca mesmo, às 9:50h, pq o voo da Gol estava lotado. Estavam com tanta fome que comi um pão na chapa no "Frango Assado", entrei no avião, coloquei a mala no "compartimento de bagagem acima do meu assento", sentei, apertei os cintos e ZzzZzZzzzZzZzzzZz... "Senhores comissários, pouso autorizado."
Que mané lanchinho que nada... eu só quero chegar no RJ, viva!

Aaaaii Jesus... só rezando mesmo pra ver se as cias aéreas melhoram seus serviços.
Amém.

10 de maio de 2013

Cuidado com o "tuc-tuc guy"


Passamos por algumas situações na Índia que jamais imaginamos! Rs.

No texto anterior eu contei a história do “logo ali” do indiano e isso nos rendeu boas risadas!!!
Um sábado qualquer fomos na “Comercial Street”, uma rua para comprar “bugingangas” indianas como enfeites de casa, tapetes, echarpes, sapatos, brincos, etc. E depois queríamos ir em um shopping chamado MG1 que ficava perto de lá.

Essa é a Commercial Street:


Pedimos informação para a primeira pessoa e ele nos disse para seguir andando em tal direção que seria pertinho. Então começamos a andar cheios de sacolas e peso nas mãos. Andamos, andamos, andamos, andamos, paramos para descansar os dedos, andamos, andamos... aí resolvemos parar para perguntar para outra pessoa e recebemos a mesma informação “É ali na frente, já tá perto”.
Continuamos a andar e nada do shopping chegar. Eu já estava com dor nos dedos, morrendo de sede e com o olho ardendo da poeira, então, milagrosamente, um menino que estava com a gente começou a conversar com um motorista de tuc-tuc que apareceu do nada na nossa frente. O motorista disse: “Nãããoo!!! Esse shopping só abre 17h e ainda são 15h. Além do mais, está longe e vocês vão ter que andar um bocado ainda.” Nesta hora todo mundo se olhou, pensou e teve vontade de chorar de tanta felicidade! Rs.

Esse era o nosso "tuc-tuc guy": 


Então o camarada se ofereceu pra levar a gente pra almoçar em um McDonald’s ali perto e depois trazia a gente de volta para o shopping, às 17h. Aquilo nos pareceu MUITO bom e então aceitamos!!!
Fomos para o McDonald’s, comemos e ficamos mais felizes. Na saída tivemos o seguinte diálogo com o motorista:
- Agora vou levar vocês em uma loja tal pra vocês verem os enfeites, tapetes, etc etc, e depois podemos ir para o shopping.
- Não amigo! Leva a gente direto para o shopping, por favor.
- Não! Eu vou levar vocês na loja!
- A gente não quer ir à loja, queremos ir para o shopping.
- Tudo bem, vocês não precisam comprar, mas eu vou levar vocês na loja.
- Amigo, você não entendeu. Não queremos ir à loja.
- Tudo bem, eu entendi. Vamos pra loja e depois para o shopping.
O resultado é que fomos vencidos pelo cansaço!!! Desisti de discutir com o cara, até por que se eu discutisse muito com ele estaríamos correndo um grande risco de ser levado para um lugar estranho que não conhecíamos. Rs.

Fomos para a tal loja, entramos, vimos tudo e não compramos nada.

Algumas coisas que vendiam nessa loja:
(coisas LINDAS, mas já tava todo mundo atolado de coisas)


Ao final, já era mais de 17h e, então, o cara aceitou nos levar para o shopping. No caminho de volta eu comecei a achar estranho, pois estávamos pegando o mesmo caminho que fizemos andando.  Chegamos exatamente no lugar que o “tuc-tuc guy” nos abordou (continuei achando estranho) e aí ele andou mais 1min e chegou no shopping.
OU SEJA, estávamos do ladinho do shopping quando o “tuc-tuc guy” nos abordou e disse que a gente ainda teria que andar muito. *RAIVA 1*

Enquanto passávamos pelo Raio X e a mulher olhava a minha bolsa* tivemos a brilhante ideia de perguntar:
- Moça, que horas o shopping abre?
- A partir das 10h da manhã, senhora.
- Hoje também? Sábado e domingo?
- Sim! Todos os dias, senhora.
*RAIVA 2*

Resumo do dia: Andamos quase 3km, chegamos pertinho do shopping, fomos abordados por um motorista de tuc-tuc que nos levou para longe do shopping alegando que o tal só abriria às 17h. Tivemos que ir à tal loja que ele ganha comissão para levar os “turistas mongoloides” e depois voltamos para o shopping, que estava aberto desde o início.
LE-GAL.

Lição: Nunca aceite uma proposta de um “tuc-tuc guy” que diz querer “te ajudar”. Normalmente eles vêm com um preço muuuuuito camarada, dizendo que pode te levar pra lá e pra cá, que você só precisa pagar no final e vai ser muito barato! Quando isso acontecer, significa que ele vai te levar em umas 2/3 lojas que ele ganha comissão e os vendedores dessas lojas vão tentar te empurrar TUDO que você possa imaginar. Se você não compra eles ficam de mal humor e te tratam mal.


*Na entrada de todas as lojas, restaurantes, hotéis, shoppings, empresas, etc, na Índia tem um detector de metais e uma pessoa revistando bolsas, mochilas, malas, etc. Acho que é uma segurança contra “homens-bomba”. Rs.

9 de maio de 2013

Mais um pouco da Índia...


E faz tempo que eu não atualizo isso aqui, hein?!
Levando em consideração a data do post abaixo, já tem quase 2 meses da última atualização.. rs.

Depois de 2 meses na Índia, posso dizer que tive uma “experiência e tanto”!!!

Saí do Brasil morrendo de medo do que ia encontrar e como as coisas seriam. Realmente é tudo muito diferente, a cultura, os costumes, a comida, a cidade, a higiene, a educação... TUDO diferente.

Nas primeiras 2 semanas da viagem estava no esquema de “vamos conhecer, vamos encarar”, mas o trabalho não estava dando muita chance pra me “dedicar” à nova cultura. Comi fast food (Mc Donald’s, Domino’s e Subway) durante este tempo e comecei a engordar muito.
Na 3ª semana eu já estava amiga do pessoal da empresa e já comecei a ir almoçar com eles, comida indiana, é claro. Passei as próximas 3 semanas “me dedicando” à culinária indiana. Rs.

A famosa Dosa:
Tipo um crepre, recheado de batata bem apimentada e uns molhinhos apimentados também. Um prato bem típico da Índia. Não pode ir lá e não provar.

Momo:
Momo é tipo uma "guyoza" com MUITA² pimenta e um tempero estranho. Esse quase nos matou de tanta pimenta, ficamos com os lábios queimados, tomamos 3 copos de refigerante e acabamos jantando donut de chocolate. Rs.

Chaat:
Uma mistura de grãos, com um molho vermelho e uma coisa crocante (que lembra batata palha, mas tem gosto de nada) em cima. 

Bowl:
Uma tigelinha com arroz branco (sem pimenta) embaixo e um molho com grão de bico e batata em cima. Pra acompanhar um monte de cebolas roxas (pra não perder o costume) e tomate. Pra tornar melhor, temperado com muito cuminho e anis. Hhhmm.. que delícia. #ounão 

Idli:
Um "bolinho" de arroz (sem tempero e sem sal) que eles molham nesses molhos estranhos, com muita pimenta e coisas "boiando". Um prato típico do sul da Índia. 


Eu estava trabalhando em um horário muito doido, de 17:30h às 02:30h, então eu não almoçava nem tomava café da manhã... as minhas refeições se resumiam a dois jantares e 1 “lanche”. Hahaha... já começou tudo errado!
Muitas vezes eu chegava do trabalho às 05:30, então esperava até 06:30h pra começar o café da manhã... só assim mesmo pra comer um pão com ovo com café com leite. Rs.
O café do hotel era MUITO bom, tinha muitas opções, inclusive as mais “americans”. Além disso tinha a parte indiana, que nós chamávamos de “balcão proibido”, por que as comidas eram MUITO estranhas! Hahaha... Não dava pra encarar, nem com muita força de vontade!
Tinham uns “bolinhos” boiando em molho de tomate, junto com uns “chillis” e pedaços de frango. Oi?! Fora o “caldo de pepino”, arroz no bafo com um molho verde (que ninguém sabia explicar o que era), pimenta com queijo gratinado e molho chutney laranja... dentre outras “especiarias” saborosas.

Certamente a culinária foi um dos (se não o maior) desafio dessa temporada!!!
Aprendi a comer com a mão (direita), provei coisas que jamais imaginei! Minha salvação foi quando descobrimos que existia MIOJO e QUEIJO QUENTE! Aí foi festa na empresa... todo mundo passou 2 semanas se alimentando basicamente disso e, mesmo assim, era um desafio!
- Moço, eu quero um miojo, sem tempero, só com sal.
- Tá! Vou colocar um pouco de pimenta.
- Não!!! Só com sal.
- Nem o tempero de masala?
- Não!!! Não!!! Só com sal.
- Vai ficar sem gosto, vou colocar um pouco de curry.
- NÃÃÃÃOO!!! Só com sal, pelo amor de Deus! Coloca na panela água e sal... Só isso, por favor!
- Tá, tá, tá... entendi.
E era isso todos os dias... Até que o moço da lojinha já nos conhecia e já fazia “personalizado”. Rs.
A mesma luta era com o queijo quente, pois originalmente ele vem com um molho chutney que é, nada mais, nada menos, um molho cheio de temperos e muita pimenta. LE-GAL!

Nessa época todo mundo emagreceu tudo que tinha engordado nas primeiras semanas, fora a ajuda “básica” na diarreia semanal! Rs. Toda semana tinha um com diarreia (isso quando não estávamos todos na mesma semana)! Era uma diversão, pois às 2h da manhã na empresa era uma luta pra achar um banheiro com papel higiênico... eu diria um belo desafio. Rs.

Enfim, depois de tantos perrengues, todo mundo já estava “calejado” e com muuuuuuitos “ticorps” (anticorpos) adquiridos.

A questão da higiene é muito diferente também. Eles não têm problemas em colocar a mão na comida dos outros, pegar o canudo com a mesma mão que pegou o dinheiro, pegar o talher pela ponta, te entregar um pedaço de chocolate na mão, beber água em um “copo público”, só escovar dos dentes 1x por dia, não lavar o cabelo toda SEMANA, não usar desodorante e etc.
Posso dizer que esse foi um grande desafio também... acostumar com o cheio na sala, com as pessoas colocando a mão no seu prato de comida e com o atendente do McDonald’s pegando o seu canudinho com a mesma mão que ele recebeu o seu dinheiro (o canudo não tem “plástico” ou “papelzinho” em volta).

Um bom exemplo é a venda de grãos... como podem ver na foto abaixo, na maioria dos supermercados é vendido por kilo e as pessoas ignoram o fato de ter um "copo" pra pegar, elas colocam a mãozona mesmo!!! E se não quiserem mais??? Devolve pro monte, ué! Rs.



Pedir informação é uma diversão e tanto... temos que perguntar para, no mínimo, 3 pessoas e ver qual a resposta que sai mais vezes... além de REZAR pra duas respostas serem iguais, pois as chances de ter 3 respostas diferentes é bem grande!!! Rs. Eles não sabem dar instruções e tem uma noção de distância bem distorcida.
- Moço, o shopping tal é perto daqui?
- É sim, logo ali na frente!
- Ali aonde? No próximo quarteirão?
- Um pouco depois, mas é rapidinho... dá pra ir andando.
Após andar durante 30min, com sacolas pesadas, resolvemos para e perguntar de novo.
- Moco, o shopping tal é por aqui mesmo?
- Sim. Ali na frente.
Depois de mais 15min de caminhada, a gente resolveu desistir e pegar um taxi. O taxi andou mais uns 5min... ou seja, o shopping era LONGE PRA CARAMBA! Rs.
Lição: nunca acredite no “logo ali” de um indiano! Rs.



Não posso só falar das coisas “ruins” da Índia!!! É um país incrível, a religião é impressionante e cheia de detalhes sensacionais! Cada templo mais lindo que o outro e a fé deles contagia qualquer um. Todos vão ao tempo toda semana (e alguns até todos os dias)... cada um no seu templo, cada um com seu Deus, mas todos frequentam. Os “cultos” religiosos são diferentes e não é difícil você ver as pessoas “batendo” a cabeça na parede do templo pra agradecer/pedir algo.

Uma das experiências mais marcantes da Índia foi o templo Hare Krishna que nós fomos, o ISKON Temple. Eles tem templos em quase todas as cidades da Índia e, normalmente, são enormes e muito bonitos!
Chegamos lá tinham 2 filas, uma para “locais” e uma para turistas. Entramos na fila de turista e pagamos 500 rupias (R$ 20) para ter uma “entrada VIP”. De fato tivemos, pois a fila dos locais era GIGANTE e nós furamos! Eram 3 templos diferentes, com 3 deuses diferentes. Pudemos ver os dois primeiros sem enfrentar filas e ainda ficamos em um lugar mais perto da imagem.
Após visitar os dois primeiros deuses fomos para o templo principal, onde estaram os deuses Rama e Krishna (todos os deuses são homens). Ao entrar nesse tempo, pegamos uma fila especial onde tínhamos um local privilegiado, bem na frente das imagens. Antes de poder sentar para observar, um funcionário (não sei se posso chamar assim, mas é uma pessoa que “presta serviço” para o templo, um religioso, devoto, sei lá) estava segurando uma bandeja cheia de florezinhas e nos pediu para colocar as duas mãos sobre a bandeja e que falássemos nossos nomes. Cada um falou seu nome e então ele começou a “rezar” algo em hindi que não entendemos nada. Ele colocava a mão sobre a nossa mão e sobre a nossa cabeça. Logo após isso, ele nos indicou para sentar à frente das imagens, junto com outras 20 pessoas que já estavam lá sentadas. Assim que nos sentamos outro “funcionário” (novamente, não me matem, mas eu não sei como posso chamar essas pessoas) pediu para levantarmos e aí começamos a cantar uma música, batendo palma.

“Hare Kṛiṣhṇa Hare Kṛiṣhṇa
Kṛiṣhṇa Kṛiṣhṇa Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare”

Ficamos cantando e batendo palma enquanto o homem passava com uma bandeja com umas flores, umas velas e uns incensos. Ele passava a bandeja em cima das nossas cabeças pra fumaça chegar perto da gente. De tempos em tempos ele pedia pra gente acelerar a velocidade da música e das palmas. Ficamos ali uns 20 minutos cantando e assistindo aquele ritual.
Ao final do ritual, fomos instruídos a “passar a mão” no fogo da vela e depois dos entregaram uma florzinha (daquelas que estavam na bandeja que colocamos a mão no início). Saí de lá impressionada com aquela energia, realmente foi um banho de cultura e fé. Eu consegui ver pessoas chorando, beijando o corrimão, ajoelhando, beijando o chão, etc.
Na saída do templo tem um verdadeiro comércio de artigos religiosos e de comidas. Não tivemos coragem de comer nada e, pra completar, na saída do templo tinha um panelão gigante com uma “papa” (gororoba, em um português mais claro) que eles serviam em uma cumbuquinha feita de folha de bananeira. Todos os fiéis/devotos pegavam um pouco daquilo e comiam. Pra variar, nós não tivemos coragem, pois a cara não era nada convidativa. Rs.
Depois de alguns dias, comentando com o pessoal da minha turma, eles me explicaram que aquilo era uma “comida sagrada” e que todo mundo que ia ao templo deveria comer aquilo na saída. Cada templo tem sua “especiaria” e todos devem comer assim que saírem do templo. Impressionante, não?!

Dentro do templo não pode tirar fotos, então só tenho essas fotos:






Essas 2 meses na Índia foram únicos!!! Além do reconhecimento no trabalho, o lado “pessoal” foi enriquecido com um banho de cultura!!!

Depois escrevo mais sobre os “grandes casos” da awesome Índia! Rs.

Beijos,

15 de março de 2013

Aniversário em "Indian Style"

É gente...  não basta passar um tempo trabalhando na Índia, tem que passar o aniversário aqui também!!! Rs.

Acordei hoje sem saber o que esperar do meu dia. Não sabia se as pessoas (aqui na Índia) iam saber que era meu aniversário (apesar de eu ter avisado várias vezes... rs), se iam me dar os parabéns, se davam abraços, apertos de mão ou apenas um sorriso amarelo... entre outras coisas.
Sabia que a diferença de horário daqui pro Brasil é muito grande e que eu estou sem celular, então não conseguiria receber as ligações da família, amigos, etc... enfim, era muita informação pra processar. Resolvi não criar expectativa nenhuma! Rs. O velho e bom "alinhamento de expectativa".

Sabe o que aconteceu?! Eu fui surpreendida VÁRIAS vezes.

Cheguei no trabalho e todo mundo veio me cumprimentar pra me dar os parabéns. Tudo bem que aqui na Índia ninguém dá abraço, apenas aperto de mão, mas fiquei super feliz com a lembrança de todos. Depois a minha turma se reuniu, cantou parabéns e me deu um presente LINDO. Um porta-retrato com a foto que tiramos na segunda feira e atrás do porta retrato tinha um recadinho de cada um pra mim!!! :-) Já comecei a me emocionar a partir desse momento! Rs.



Fomos almoçar no McDonald's, todos juntos. :-)
E o costume na Índia é que o aniversariante paga a conta. Como eu não ia quebrar os costumes locais... "vamo simbora". Sorte a minha que eles escolheram ir no McDonald's, hein?! Rs.


Na hora do coffee-break, me chamaram pra tomar um café e, quando eu chego no refeitório, tem um monte de pessoas com um bolo pra cantar parabéns!!! Fofo demais!!!
Ganhei um bolo com  "Happy Birthday Gabriella", com direito a bolo na cara e tudo. Seguindo direitinho os costumes locais! Rs.



Ao final do treinamento fomos jantar com o pessoal da Accenture Índia que está nos ajudando com a organização do treinamento e etc. Fomos em um restaurante suuuper legal, que tinha uma churrasqueira no meio da mesa, onde ficavam os espetinhos e eles passavam servindo os "acompanhamentos". MUITO bom (tirando toda a pimenta, boca dormente e 3 litros de água. Rs)



Antes de começarmos a comer, ganhei outro bolo com direito a parabéns cantado pelos garçons, gritos e palmas bem altas! :-) E o mais fofo de todos foi que no final, eu ganhei um "cartão" que dizia: "Memories Neve Die" e dentro tinha uma foto minha durante o parabéns! Muito legal mesmo!!! Lembrança pra guardar pra vida inteira!




Pra fechar o dia com chave de ouro, chego no meu quarto do hotel e tem um MEGA MARAVILHOSO bouquet de flores + cartão + bolinho individual com velinha. Aí não aguentei, li o cartão e comecei a chorar igual criança pequena!!! Fiquei com a cara inchada de tanto chorar!!! Não conseguia parar de olhar pras flores, pro bolo, pras flores, pro bolo, pro cartão, pras flores, pro cartão, pro bolo...



Ele não existe!!! Conseguiu me quebrar, com a surpresa mais linda e inesperada!!!
Obrigada por me apoiar nas minhas decisões malucas e de acreditar em mim! E obrigada por ser assim, tão... você!
Te amo, Coisa! <3


Para quem estava triste por estar "sozinha", longe de toda a família e amigos... fui surpreendida!!!
Meu aniversário foi muuuito especial! Gostei demaaais!!!

14 de março de 2013

Índia, lá vou eu!



Chegando na Índia, as diferenças são facilmente percebidas já no caminho do aeroporto para o hotel.
Muitos carros na rua, sem faixa na rua, sem sinal de trânsito, muitas motos, tuc tuc, gente, vaca, ovelha... tudo junto na rua.
Em muitas ruas não existe separação entre "mão" e "contra-mão". Os carros vem de lá e de cá, quando chegam um de frente pro outro, decidem quem vai desviar para qual lado os carros vão desviar. Isso acontece com moto, tuc tuc, carro, vaca, etc. É muito diferente. A impressão que dá é que não temos regras de trânsito, pelo menos em Bangalore (única cidade da Índia que eu conheço até o momento).Em maioria, as ruas não tem calçadas, então as pessoas andam literalmente no meio da rua.
As buzinas são usadas a cada minuto, seja pra pedir passagem, como pra avisar que estão chegando, que vão ultrapassar, que vão virar, que vão parar... que vão fazer qualquer coisa. As buzinas chegam a incomodar.







As diferenças aumentam quando falamos em roupas. As meninas normalmente (digo normalmente por que existem vários tipos de indianos.. Rs. Algumas indianas usam roupas ocidentais), não usam roupas curtas, com decotes, muito justas, etc. Elas SEMPRE cobrem as pernas toda, o colo (sem decote), a barriga e as costas. A barriga só aparece, as vezes, quando elas usam o Saree (aquele vestido que é um pano enrolado no corpo todo).

Eles usam acessórios/maquiagens que demonstram qual é a religião adotada pela pessoa. Isso é bem diferente do Brasil, pois independente da religião usamos o mesmo tipo de roupas, é difícil identificar qual é a religião da pessoa pelas roupas. Rs. A religião muçulmana é a mais fácil de identificar entre as mulheres, pois todas elas usam burcas pretas, deixando só os olhos de fora. As outra religiões não tem muitas roupas típicas, mas sim outros acessórios/maquiagens como flores no cabelo, "pintas vermelhas" no meio dos olhos, no couro cabeludo, etc.

Os costumes de higiene são bem diferentes! Eles não tem os mesmos padrões de "limpeza" que nós. Comem com as mãos, usam o mesmo copo para beber água (sim, no bebedouro da empresa tem uma bandeja com alguns copos de plástco. Aí eles usam, passam um água e colocam de volta na bandeja. E nos shoppings tem 1 copo de metal amarrado com uma correntinha e as pessoas usam aquele mesmo copo), não escovam os dentes após o almoço, pegam comida no prato dos outros, etc.
Essa diferença é muuuuuito complicada pra nós, pois não estamos acostumados com esse tipo de comportamento. No refeitório da empresa tem uma "bacia" cheia de água onde o cara da limpeza deposita os talheres limpos, ou seja, fica uma bacia cheia de água com talheres dentro, aí as pessoas pegam os talheres para comer. São tipo "talheres comunitários", mas os talheres sujos não são depositados lá, e, sim, entregues no balcão da limpeza (menos mal, hein?!). Rs.





Nas ruas tem muuuuuuita poeira e barro seco, as pessoas até andam com um pano tampando a boca e o nariz, pois é muita poeira pra ficar respirando. A gente fica sujo só de andar 2 quarteirões à pé e como não tem calçada (na maioria dos lugares), o carro passa e levanta a poeira toda nos pedestres. Legal, hein?! Rs.



A comida é MUITO² condimentada/apimentada, a gente pode até pedir sem pimenta, mas é quase impossível que realmente vai vir sem pimenta. Rs. Acho que a pimenta já está "entranhada" na frigideira/panela deles. Rs. Tiveram vezes que tivemos que deixar o prato quase inteiro, pois não tinha condições de dar nem 3 garfadas de taaaanta pimenta. Todo mundo começada a suar e escorrer lágrima dos olhos. Rs.



To tentando descobrir algum prato indiano que não tenha taaanta pimenta e que a gente consiga comer, equanto isso estamos nos alimentando de fast-food. =/ Obrigada Domino's, Pizza Hut, Subway e McDonald's, por existirem na Índia!!! Rs. :-)


Bom, esse é um resumo da minha pequena experiência na Índia, até o momento!!!


Vou atualizando ao longo da viagem.. :-)








1 de março de 2013

Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro

Hoje é o aniversário do Rio de Janeiro, 448 anos de praia!!!
Não, não é feriado!!! Rs.

Morar no Rio de Janeiro é um privilégio, mas muitas vezes só percebemos isso quando vamos embora dele. Aí sim as praias ficam mais bonitas, o sol mais brilhante, o transito mais "ameno", o Pão de Açúcar mais "postal", o Cristo de braços mais abertos... enfim, tudo parece ficar  mais bonito e melhor.

Nasci no Rio de Janeiro, em Botafogo, mas com 1 ano me mudei pra Barra da Tijuca, onde meus avós moravam há algum tempo já. Ou seja, praticamente nasci e fui criada na Barra da Tijuca, um bairro com suas particularidades, cultura e costumes próprios. Até dizem que a Barra é o "uma nova cidade dentro do Rio de Janeiro", o que eu não posso discordar, pois para sair da Barra e chegar na Zona Sul / Centro são no mínimo 20 km (Gávea) ou 40 km (Centro). Uma bela viagem, não?!

Uma certa época da minha vida decidi que não aguentava mais a vida que eu estava levando, que eu precisava fazer alguma coisa pra mudar e a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: preciso sair do Rio de Janeiro. "Ah, chega dessa vidinha de Rio de Janeiro. Quero algo novo, quero mudar, quero crescer!" Achei que isso já era uma bela mudança pra quem estava de "saco cheio" das mesmices da vida de recém-formada na faculdade.
Como uma boa "chata" quando quero alguma coisa, passei 8 meses da minha vida fazendo processo seletivo para Trainee e, óbvio, dando prioridade para aqueles que eram fora do Rio de Janeiro (que minha mãe não me mate ao saber disso).
Não estava conseguindo passar em nenhum processo, chorei minhas pitangas pra minha mãe e decidimos que eu deveria fazer um intercâmbio para melhorar meu currículo e fazer Trainee novamente no ano seguinte. Lindo!!! Sim, seria lindo se, ao pagar a primeira parcela do intercâmbio para o Canadá, uma empresa de São Paulo não tivesse me ligado dizendo que tinham reaberto o processo e queriam que eu participasse de uma dinâmica de grupo. *histeria total*
Resumo da ópera: Passei no processo de Trainee para São Paulo, tomei uma decisão louca e fui morar lá.

Nunca tinha ido à São Paulo na minha vida!!! Cheguei lá com 1 mala de "roupas de trabalho" e só. O resto dessa história vocês já conhecem., mas meu ponto é que sempre que eu voltava pro Rio de Janeiro (aquele que eu não aguentava mais morar/viver) meu olho enxia de lágrimas. Pousar no Santos  Dumont era uma tortura sentimental pra mim!!! Rs. Ver da janelinha o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar, tão lindos, tão poéticos, tão cariocas... era choradeira na certa!!!
Toda vez que eu ia embora, a mesma coisa: ficava olhando da janelinha, vendo passar as praias, Pedra da Gávea, Barra da Tijuca, etc etc. Choradeira de novo.

Quando você se muda do Rio de Janeiro é quando você percebe o quanto a cidade é importante pra você. O quanto aquele "acostumado com isso tudo" não faz mais sentido. Morar no Rio de Janeiro não é só ver o Cristo, o Pão de Açúcar e o mar todos os dias. Morar no Rio de Janeiro é ver nesses pontos turísticos a materialização de uma cultura única, de anos de boemia, bossa nova, samba, água de coco, mate de galão e "bixcoito" Globo.

Depois eu consegui entender que o que eu mais sentia falta não era da paisagem, era do "jeito carioca de ser": a vontade de estar com os amigos, de transformar os detalhes em grandes momentos, de rir por qualquer motivo, de fazer amizade com o porteiro, garagista, padeiro e camelô, tomar uma gelada na praia, jogar um futevôlei  caminhar no calçadão, pegar o engarrafamento pela orla (pra pelo menos ver o mar), falar cantado, colocar um palavrão a cada frase (no mínimo)... isso é o carioca. E o carioca que define o que é o Rio de Janeiro!!!

O Rio de Janeiro foi abençoado por belas paisagens, mas "só é o que é" por causa do carioca! Nós fazemos o Rio de Janeiro ser assim!

Todo mundo reclama, coloca defeito, critica, fala "Imagina na Copa"... mas queria que cada um de vocês que reclamam fossem morar 1 mês fora. Aí sim, vocês iam perceber que o Rio de Janeiro (mesmo com todos os seus defeitos) é peça essencial na nossa vida e que não vivemos sem ele!!!

Parabéns Rio de Janeiro e obrigada por nos fazer tão Cariocas! :-)

21 de fevereiro de 2013

O mito das "tecnologias sociais"

Desde que me entendo por "usuária de internet" (desde adolescente?!) ouço falar que "as redes sociais afastam as pessoas e as deixam mais solitárias", "as redes sociais fazem das pessoas bons personagens", dentre outras afirmativas/estudos.

Entrei na faculdade de Comunicação Social com essa opinião martelada na cabeça, fiz minha monografia sobre "As Celebridades e o Twitter" defendendo que as celebridades fazem personagens nas redes sociais para ganhar mais fãs ou qualquer outra coisa, mas hoje em dia, depois de ir morar longe de todos os meus amigos, comecei a me questionar se as redes sociais REALMENTE afastam as pessoas e fazem delas apenas personagens. Não só as redes sociais, mas também a tecnologia.

Concordo que as pessoas estão ficando viciadas em telefones celulares, enquanto estão na mesa com outras pessoas só ficam mexendo no pequeno apetrecho tecnológico e rindo sozinhas, mas não se pode generalizar dizendo que a tecnologia afasta as pessoas.

Eu sou MUITO GRATA ao meu lindo Facebook e ao genial Whatsapp! :-)
Sempre fui uma pessoa muito ativa com as minhas amizades. Sempre organizei as festas, encontros, amigos ocultos, almoços, etc, e depois que eu fui morar em São Paulo senti muita falta de tudo isso. O começo foi muuuuito difícil, pois sentia falta, não só da presença física das pessoas, mas de saber da vida, discutir assuntos aleatórios, saber como anda o trabalho, namoro, etc. O Facebook foi a minha ajuda durante esse período, pois já que eu não podia estar "pessoalmente", os amigos me contavam as coisas "virtualmente".

Depois que peguei um "smartphone" e instalei o Whatsapp, aí sim foi LINDO! Rs. Eu não precisava chegar em casa pra entrar no Facebook e saber o que estava acontecendo, as notícias chegavam em tempo real. rs.
E pra não perder o costume de organizar os encontros, festas, etc, criei vários grupos, pra não perder o contato com a galera.

Tenho muitas primas e, depois que todo mundo cresceu (olha que bonitinho...) a gente perdeu um pouco o contato, pois agora todo mundo trabalha, algumas estão casadas, com filhos, fazendo vestibular, morando longe, etc, e ninguém mais se reúne nas "férias escolares" como antes. Qual é a solução? GRUPO NO WHATSAPP!!! Gente, e genial!!! Todo mundo em contato de novo, contando novidades, fofocas, tristezas, risadas, etc.

As amigas da faculdade, depois que nos formamos, cada uma foi para um lado e nem sempre temos disponibilidade de encontrar. Qual é a solução? GRUPO NO WHATSAPP! 

Amigos de São Paulo que são muito difíceis de ver e-mail, nem sempre respondem no grupo do Facebook, nunca podem atender o telefone e assim fica muito difícil marcar o encontro. Qual é a solução? GRUPO NO WHATSAPP!

E essa regra segue para os "amigos do namorado", "namoradas dos amigos do namorado", etc.

Eu ADORO o Whatsapp e ele não "inibe" a minha vontade de estar pessoalmente com os meus amigos, muito pelo contrário, me dá mais vontade. :-)

Pra quem sabe usar, o Facebook é muito bom também, pois ele te mantém em contato com aquelas pessoas que você não tem o telefone, mas que gostaria de não perder o contato. Por exemplo amigos dos trabalhos anteriores, amigos de colégio, etc.
O Facebook aproxima as pessoas que estão longe e eu gosto disso. Com ele eu posso participar (pelo menos um pouco, de longe) da vida das pessoas que moram longe, que estão viajando, etc. Cada foto postada é um pouquinho da vida que a pessoa compartilha.

Claro que não estamos entrando no mérito do "invasão de privacidade", "excesso de exposição", etc, mas se formos falar nesse assunto, a minha opinião é que só tem a "privacidade invadida" e a "excessiva exposição" quem quer (não estamos falando de pessoas públicas/celebridades, ok?!). Ninguém é obrigado a ficar postando cada prato que come, cada ida/volta ao trabalho, cada por do sol, cada qualquer coisa que seja. As pessoas fazem isso por vontade própria, então, que mal tem?! Cada um tem a exposição que quer, cada um cuida da sua vida e a gente segue feliz desse jeito. Que tal?! Rs. :-)


Enfim, pra quem sabe usar estas ferramentas, elas são muito úteis e bem vindas ao nosso dia a dia.
Não podemos deixar que elas substituam e sejam as principais fontes de relacionamento, mas que elas sejam um meio para manter as velhos (e bons) contatos.


Bom senso: esse é o pedido!